Uma criança com muitos sonhos e projetos futuros, mas doente emocionalmente, que trazia consigo uma dor latente, uma angústia constante, uma criança que viu morrer seus sonhos e enraizar em si a desesperança.

Uma criança que se sentia sem forças de lutar, porque não conseguia se fazer ouvir, suas feridas internas sangravam constantemente. Quantos "Luiz Fernando" precisam ceifar sua vida para que a sociedade perceba o quanto nossas crianças, jovens, adultos e idosos estão doentes psicologicamente!?

Quantos mais  que travam uma luta diária contra a depressão e a ansiedade, lutam sozinhos no seu canto ao ponto de não terem mais forças para suportar tanta dor. Quantos suicídios serão necessários para o poder público perceber sua responsabilidade com o trato da saúde mental dos seus munícipes!? Que se faz necessário políticas públicas efetivas e um olhar atento para os sintomas apresentados por tanta gente doente psiquicamente.

Quantas crianças precisam morrer para a educação municipal perceber que é um absurdo deixar nossas crianças em casa, enquanto tudo voltou ao normal!?Como professora que sou, me questiono. Será que se Luiz Fernando estivesse na escola, como um bom aluno que era e que a própria entidade escolar frizou, ele teria cometido suicídio? Qual é nossa responsabilidade social neste fato lamentável?

Gestão pública, acorde! 

Nossas crianças estão sofrendo, estão doentes nesse isolamento social e pessoal. Lugar de criança é na escola e às vezes uma palavra muda tudo! O olhar acolhedor de um professor faz toda a diferença. Quantos alunos mais vamos esperar perder!? Hoje Luiz Fernando poderia ter tido uma tarde agradabilíssima na escola, com seus amigos , com seus professores e ter voltado pra casa feliz. Mas, infelizmente, a escola estava fechada para ele. 

E agora ele não vai poder mais retornar à escola. 

É importante refletir!

O que estamos fazendo para ajudar crianças como Luiz Fernando?

Aulas remotas? Escola fechada? É isso!?